terça-feira, 26 de outubro de 2010

Amor sem fronteiras


Ontem à noite quis assistir “Amor sem fronteiras” (Beyond Borders). Tenho esse filme em casa, meus pais compraram faz tempo, mas eu não me lembrava muito da história, porém, sabia que era um filme emocionante e triste. Assim sendo, peguei meu cobertor e fui pra sala assistir. Chamei minha mãe e ela foi assistir comigo.
A personagem principal é Sarah Jordan (Angelina Jolie), uma americana casada com Henry Bauford (Linus Roache), um inglês de família rica. O casal mora em Londres e está em um deslumbrante evento para angariar fundos quando o Dr. Nick Calahan (Clive Owen) invade o local com um menino africano subnutrido, Jojo. Seu objetivo é manifestar sua indignação perante o corte de financiamento em sua operação humanitária na Etiópia. É uma cena chocante e intensa, me dá vontade de chorar e de xingar todos os milionários que estão no evento, de tão ignorantes que são.
Ao presenciar essa manifestação, Sarah se choca com a realidade e decide sair de sua “zona de conforto” e ir para a Etiópia.
Etiópia = É sua primeira viagem. Acontece em 1984, Sarah arrecada dinheiro para comprar medicamentos e comida para refugiados na Etiópia e vai entregá-los pessoalmente à equipe de Nick. Ela se depara cara a cara com o sofrimento e a miséria do povo etíope. Em minha opinião é a melhor viagem do filme, é a mais forte e triste. O choque com a dura realidade do povo a transforma e por isso decide mudar de vida ao retornar a Londres, passando a trabalhar para uma ONG que ajuda causas humanitárias.

Cambodja = Em 1989 viaja para Cambodja para ajudar a equipe de Nick com as vitimas do Khmer Vermelho.

Chechênia = Acontece em 1995. Sarah vai procurar Nick que está mantido como prisioneiro pelos rebeldes.
Não vou explicar o que acontece em cada viagem, porque assim o filme fica sem graça de ver. É a história de amor entre Sarah e Nick sim, porém, é muito mais que isso. Apesar de às vezes a história de amor entre o casal parecer banal, isso não importa, pois o objetivo principal é mostrar o sofrimento humano em diversos lugares do mundo, enquanto muitas pessoas ignoram e são extremamente egocêntricas.
O filme é muito tenso, dramático, real e triste. Não fico somente triste pela situação da população que não tem o que comer, vive no meio da guerra e faz de tudo para sobreviver e não viver. Fico triste por continuar tendo minha vidinha medíocre, reclamando que estou comendo demais e que não tenho dinheiro para ir para todas as festas que quero.  É impressionante como nós que temos uma vida estável, pais que pagam nossa comida, nossa escola/faculdade, nossas saídas e nossas roupas somos ignorantes. Reclamamos de nossa vida, quando nossos problemas são insignificantes nesse mundo. Gosto de filmes que nos fazem pensar quando acabam e esse é um deles.

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