segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Foram escolhidos os apresentadores do Oscar 2011

Após Hugh Jackman recusar o convite de apresentar a 83ª Cerimonia do Oscar por estar muito ocupado com as filmagens de “X-Men Origens: Wolverine 2”, os atores Anne Hathaway e James Franco aceitaram o convite.
Os dois atores já participaram da cerimônia de outros Oscar. Hathaway fez parte de um número musical na abertura do Oscar 2009, apresentado por Hugh Jackman e Franco participou de um sketch pré-gravado, em que, junto a Seth Rogen, era o personagem que interpretava no filme “Alta Pedrada”.
Franco, que estrela o longa “127 Hours”, de Danny Boyle, e Hathaway, que acaba de estrear “Love and Other Drugs“, podem também ser nomeados à disputa do prêmio, algo que deixa a apresentação mais interessante.
A Academia pretende chamar atenção de um público mais jovem ao tentar escolher jovens atores talentosos e famosos para serem os apresentadores. Acreditam que assim conseguirão renovar sua audiência.
Os indicados ao Oscar 2011 serão divulgados no dia 25 de janeiro e a cerimônia acontece em 27 de fevereiro, no Teatro Kodak, em Los Angeles. Espero que a apresentação seja tão boa como foi a de 2009, com Hugh Jackman.

domingo, 7 de novembro de 2010

O Amor não tira férias (The Holiday)

Esse fim de semana passou na TNT várias vezes o filme "O Amor não tira férias" (The Holiday) de 2006. Assisti algumas cenas, não fiquei assistindo o filme inteiro porque tenho esse filme em casa e assisti semana passada. Eu adoro esse filme, é tão bonitinho, é um dos filmes água com açucar que eu mais gosto.
É a história de duas mulheres. Iris Simpkins (Kate Winslet) que mora na Inglaterra e trabalha no jornal Daily Telegraph. Ela está apaixonada por Jasper (Rufus Sewell), porém, ele vai se casar com outra. Iris está muito triste e totalmente decepcionada com sua vida amorosa, quer fazer de tudo para esquecer Jasper, porém é muito difícil pois ele vai atrás dela. Amanda Woods (Cameron Diaz) mora em Los Angeles, dona de uma grande agência de publicidade especializada na produção de trailers de filmes, é viciada em trabalho. Após descobrir que seu namorado Ethan (Edward Burns) não tem sido fiel, Amanda quer mudar um pouco e viajar, desde pequena não consegue chorar e é uma pessoa mais fria. Ela encontra na internet um site especializado em intercâmbio de casas. As duas mulheres acabam trocando de casas, Iris vai para a luxuosa casa de Amanda e esta vai para a cabana no interior da Inglaterra de Iris. As duas estavam tentando se livrar dos homens de suas vidas e não queriam conhecer homens novos, porém, Iris conhece Miles (Jack Black), um compositor de cinema que trabalha com Ethan, e Amanda conhece Graham (Jude Law), irmão de Iris.
O filme é bem divertido, muito fofo. Adoro os quatro atores principais.
A Kate Winslet é uma excelente atriz, todo mundo lembra dela em "Titanic"? Mas além desse filme, tem diversos outros ótimos filmes que ela faz, como "O Leitor" e "Razão e Sensibilidade". O Jack Black normalmente faz comédias e personagens bobos, mas nesse ele está mais sério e faz de um dos mocinhos das história, gostei dele fazer um papel diferente, ficou bem legal. Cameron Diaz é linda, e acho ela muito engraçada.O Jude Law então, na minha opinião, um dos atores mais bonitos e charmosos, além de muito talentoso também.
Outro ator muito bom que atua no filme é Eli Wallach, que interpreta o velhinho Arthur, um veterano roteirista de Hollywood. Esse personagem é muito simpático e faz referências a clássicos como “Jejum de Amor” (1940). 
É um filme bobinho, história comum, mas é muito gostoso de assistir. Mas acho que se o elenco não fosse tão bom, eu não iria gostar tanto do filme. O elenco que faz o filme.



Gran Torino

Acabei de assistir "Gran Torino" (2008) na HBOplus aqui em casa. Esse filme é incrível, muuuuito bom! Primeira vez que assisti esse filme foi no colégio, na aula de espanhol, normalmente meus professores não passam filmes muitos legais, mas fiquei impressionada com esse. Tinha que ser do e com o Clint Eastwood.
É a história de Walt Kowalski (Clint Eastwood), um veterano da Guerra da Coréia que acabou de perder sua mulher e mora sozinho em um bairro no qual a maioria dos moradores hoje em dia são imigrantes hmong, vindos do Laos. É um homem conservador e seu relacionamento com seu filho e sua família é muito superficial, seus netos se interessam mais pelas coisas materiais de seu avô do que pelo seu avô. Um dia, seu tímido e jovem vizinho Thao (Bee Vang), é obrigado por uma gangue a roubar o carro de Walt, um Gran Torino. Walt impede o roubo, o que o torna contra sua vontade um herói para a vizinhança, principalmente para a mãe e a irmã mais velha de Thao, Sue (Ahney Her). Inicialmente ele não se interessa por seus vizinhos, acredita que eles invadiram seu bairro e que deveriam sair de lá, porém, ao ser obrigado a empregar Thao, Walt acaba se aproximando dele e de sua família hmong. É muito interessante a relação que os dois estabelecem, praticamente como pai e filho. Walt fica mais próximo da família hmong, com a qual tinha preconceitos, do que com sua própria família.
É um filme triste, fala sobre família, a amizade, a juventude, a velhice, a religião, a imigração e o preconceito que tudo isso engloba. Porém, também é possível rir muito, Eastwood usa o humor negro para deixar o filme mais divertido. O jeito de durão de Walt, querendo parecer bravo e rabugento deixa várias cenas engraçadas.
Há pessoas que não gostam do final do filme, falam que é muito sentimental. Bom, pode até ser sentimental mas eu achei que foi o final perfeito pro filme, gostei muito!
Eastwood sempre compõe as trilhas sonoras de seus filmes (antes de ator, era panista).  A música que toca ao final, no ínicio dos créditos, é ele que canta.
Clint Eastwood é muito bom, ele atua e dirige maravilhosamente. Já ganhou o Oscar quatro vezes, duas como Melhor Diretor e duas como Melhor Filme. É o único ator da história do cinema a estrelar em filmes considerados de "grande sucesso" por cinco décadas consecutivas. Já dirigiu outros filmes incríveis como "Menina de Ouro" e "Invictus".
Os atores que fazem Thao e Sue são bons, mas  achei que a atuação de Bee Vang poderia ser melhor. Já Ahney Her atuou muito bem, surpreendeu.
É um filme que vale a pena ser assistido!





segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Me sinto na obrigação de falar de "Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro" depois de ter assistido o filme duas vezes. Fico até tensa de escrever sobre ele.
Continuação do filme "Tropa de Elite 1", supera as espectividades de muitas pessoas, como as minhas. Direção ótima, roteiro incrível e ator principal extremamente talentoso. 
O Coronel Nascimento (Wagner Moura), dez anos mais velho, é afastado do BOPE após uma mal sucedida operação. Acaba indo trabalhar como Sub Secretário de Segurança Pública do Estado. Com tamanho poder faz o BOPE crescer e tenta acabar com o tráfico de drogas, porém, não percebe que ao fazer isso está ajudando outros inimigos, mais perigosos e poderosos: os policiais e políticos corruptos.
Lançado após o primeiro turno das eleições, o filme parece "jogar na cara" de toda população brasileira a realidade do nosso país. Com paisagens lindas porém com pessoas desprezíveis. Policiais e políticos que deveriam trabalhar para nos defender e melhorar o país, mas que fazem de tudo para ganhar dinheiro. Saio do filme (as duas vezes) chocada, pensando que não há solução. Tenho raiva de toda essa situação no Brasil, porém, não faço nada para mudar. É um filme que nos faz pensar muito e nos dá vontade de tentar mudar as coisas, agora só nos falta realmente fazer algo para que isso mude.

O elenco é íncrível. Wagner Moura atua muito bem, é o narrador do filme e somente com sua voz já nos deixa tensos. Nesse filme, Nascimento é mais analisado, vemos como ele está cansado e como é difícil a vida que leva entre sua família e sua profissão. É um grande personagem interpretado por um grande ator. O militante e deputado Fraga é interpretado pelo pernambucano Irandhir Santos, o ator faz muito bem seu papel, com muita força e paixão pelo que faz. André Mattos interpreta uma das personagens mais irritantes do longa, uma espécie de cópia do apresentador Datena, o cômico Fortunato. Além de tais atores, o elenco possui outros diversos talentos, como Seu Jorge, Tainá Muller, André Ramiro, Milhem Cortaz...

O roteiro de Braulio Montavani está mais complexo e polêmico e tem mais frases que estão conquistando o público, como "Quer me foder? Me beija". José Padilha é novamente o diretor, continua ousado e não simplifica as coisas. Com um orçamento milionário conta com incríveis panorâmicas e uma melhor edição de aúdio.

É um filme que na minha opinião deveria concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, porém isso não vai acontecer pois o filme "Lula, o Filho do Brasil" foi o escolhido.

A Rainha (The Queen)

Semana passada assisti o filme "A Rainha" (The Queen), lançado em 2006. Nunca tinha conseguido assistir inteiro, mas justo quando liguei a TV, estava começando.
É a história da reação da Rainha Elizabeth II (Helen Mirren) após a morte da Princesa Diana em 1997. Depois de casar-se com o Principe Charles, Diana se tornou uma das mulheres mais famosas do mundo, um ícone da moda, um ideal de beleza e principalmente admirada por seu trabalho de caridade. Ao morrer em um acidente de carro, houve um enorme luto público no Reino Unido e o povo exigia uma reação emocional da Rainha. Porém, a Rainha Elizabeth II não conseguia entender tal reação do povo, permaneceu isolada com a família real no Castelo de Balmoral, na Escócia e se recusou a retornar para o palácio de Buckingham, na Inglaterra. O povo, com a influência da imprensa, ficou chocado com a indiferença demonstrada pela rainha. Tony Blair ( Michael Sheen), o então primeiro-ministro, percebe que precisa tomar medidas que reaproximem a família real ao povo. Ele tenta mudar a visão da rainha, que não aceita as modernas opiniões de Blair.
No filme o primeiro-ministro Tony Blair é exibido como um jovem que acima de tudo quer ajudar a rainha. Até quando seus conselheiros a julgam, Blair a defende. Na minha opinião não acho que Blair tenha sido tão bonzinho e pensado tanto no bem da realeza. Porém é o que mostra o filme.

Há imagens reais da época misturando-se a cenas de ficção que são exibidas no filme, o que nos faz sentir mais perto da história e deixa o filme mais realista. O diretor Stephen Frears dirige o longa com bastante sensibilidade, através de cenas chocantes e diálogos incríveis. Os diálogos entre a rainha e o primeiro-ministro são alguns dos melhores momentos do filme, pois mostram as diferenças entre os dois mundos, um com costumes e tradições e o outro mais atual, com ideias modernas. Helen Mirren é uma incrível atriz e interpreta a Rainha Elizabeth II de forma esplêndida. Ela consegue pegar sua essência. É possível ver a verdadeira rainha e entender sua situação perante todo o acontecimento.

Gostei muito do filme. Ele consegue mostrar como foi difícil para a rainha lidar com toda a situação na época. Acho que ele acaba elogiando demais a rainha e o primeiro-ministro, deixando-os como pessoas boas e exemplares, não sei se isso é real, mas o filme tenta mostrar isso e consegue muito bem.

Teve seis indicações ao Oscar 2007, de melhor roteiro original (Peter Morgan), melhor trilha sonora (Alexandre Desplat), melhor figurino (Consolata Boyle), melhor diretor (Stephen Frears), melhor filme e melhor atriz, com Helen Mirren que ganhou o prêmio.

O Garoto de Liverpool (Nowhere Boy)

Hoje passou o filme "O Garoto de Liverpool" (Nowhere Boy) na 34ª Mostra Internacional de Cinema. Foi no Cine Livraria Cultura no Conjunto Nacional e meu pai e eu, sendo fãs dos The Beatles fomos assistir. Chegamos uma hora mais cedo e quando chegamos na fila da bilheteria só havia mais dois ingressos à venda, detalhe: tinham 10 pessoas na nossa frente. Mesmo assim ficamos na fila, quando era a nossa vez nos disseram que haviam acabado os ingressos mas iam começar a vender para assistir no chão mesmo. Compramos. Foi super legal, a sala parecia de teatro e dava pra assistir deitados no chão lá na frente.
O filme é baseado no livro "Imagine: Growing Up With My Brother John Lennon", de Julia Baird. Conta a história de John dos 15 até os 20 anos, época que conheceu o rock n'roll e formou sua banda. A diretora Sam Taylor Wood aborda o filme de forma pessoal, mostrando a relação de John com sua família e os problemas que tinha com sua mãe, Julia, (Anne-Marie Duff) por te-lo abandonado, e com sua tia Mimi (Kristin Scott Thomas) que o criou. O ator Aaron Johnson, interpretou John Lennon muito bem, copiando seu sotaque e seu jeito grosso e agressivo de lidar com as pessoas.
Há cenas muito parecidas com as que aconteceram em sua vida real, como seu show com sua primeira banda "The Quarrymen", no mesmo dia que conhece Paul McCartney. A relação de John e Paul é muito bem exibida no filme e é possível ver e entender as diferenças dos dois. John é mais agressivo e quer que todos o achem "mal", já Paul é mais bonzinho, quer que todos gostem dele e trata todos bem. O que às vezes irrita John, porém, isso não muda a grande amizade deles.
Paul e John
A adolescência de John e o que ele passou nessa época justifica sua agressividade. Aos cinco anos de idade foi morar com sua tia Mimi e não viu sua mãe durante anos. Ao retomar contato com sua mãe, os dois começam a ter uma relação de amigos, quase irmãos e não de mãe e filho.
John e sua mãe, Julia
John tira notas ruins no colégio, leva bronca dos professores e é suspenso, o que faz com que sua tia Mimi seja muito dura com ele. Assim, sua mãe parece "mais legal" e não a chata que o repreende. Foi sua mãe que lhe ensinou a tocar banjo e sua tia que lhe deu sua primeira guitarra. John queria ser igual Elvis, há uma cena em que ele diz "Por que Deus não me fez Elvis Presley?!" e sua tia responde "Porque ele te guardou para fazer John Lennon!".
Tia Mimi e John
Algo que achei diferente no filme foi que pelo que já li e pelo o que meu pai já me disse sobre o pai de John, Alf, é que ele não era um homem bom que queria juntar sua família após ter voltado da guerra e sua mãe era a má que não queria. Na verdade seu pai não manteve muito contato enquanto estava na guerra. Apesar de depois ter voltado da guerra querer ficar com o filho, não lutou muito por isso e quando não conseguiu fugir com ele,  somente foi encontrar John de novo quando era famoso.
Paul McCartney, John Lennon e George Harrison
O objetivo do filme foi mostrar tudo o que John Lennon passou que fez com que se tornasse um beatle, um talentoso cantor e compositor mundialmente famoso, um ativista da paz, um marido e pai. É muito bom!