sábado, 29 de novembro de 2014

Un viaje de la infancia a la juventud

Rodada durante cuatro días por curso durante 12 años, Boyhood es la película del año. Responsable por la trilogía Antes del Amanecer, Richard Linklater invierte una vez más en un buen guion, con escenas dramáticas y divertidas, y con diálogos extraordinarios.
Es la historia de la juventud de un chico. Los padres (Patricia Arquette e Ethan Hawke) de Mason (Ellar Coltrane) están separados y él vive con su madre y su hermana (Lorelei Linklater, hija del director). El joven tiene que lidiar con la ausencia de su padre, con las problemáticas relaciones amorosas de su madre, el primer amor y la primera cerveza. Es decir, con la vida.
El argumento no es muy novedoso y es sencillo, pero ahí está lo interesante. Es sobre los problemas de un joven común y en sus 165 minutos se resume todo aquello que hace que la vida valga la pena: reír, llorar, amar, ganar, perder, luchar y vivir. Pero lo mejor es que Ellar Coltrane es Mason en todas las edades.
Desde 2002, Linklater reunía el equipo y grababa las escenas durante algunos días, hasta terminar la película este año. Es increíble el coraje de invertir en el joven actor sin la seguridad de que 12 años más tarde seguiría siendo interesante. Pero el director fue recompensado, porque eso es precisamente lo que sucede.
Naturalidad es la palabra clave en este largometraje. Opta por una cámara casi naturalista, sin tonos cálidos y admira sus personajes, especialmente Mason. La banda sonora es también una parte prominente, con canciones que van desde "Yellow" de Coldplay, "Band on the Run" de Paul McCartney, pasando por Blink 182, Sheryl Crow, Daft Punk, Pharrell Williams, Foo Fighters, Wilco, Lady Gaga y más.
Además de la música, la película tiene muchas referencias a la cultura pop en la última década, como las elecciones norteamericanas, videojuegos y libros como Harry Potter. En este sentido, es curioso ver una película nostálgica de la década de 2000 y el viaje por esos años del espectador junto con los personajes.



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Séries viciantes: Mad Men, Game of Thrones e Revenge

Eu era dessas que passava todas as noites durante a semana grudada na TV assistindo alguma série. One Tree Hill, Gossip Girl, Grey’s Anatomy e por ai vai, eram algumas das minhas séries favoritas. Mas aí virei gente grande, comecei a ter horário pra nada e esqueci as séries. Mas esse ano meu vício voltou e agora estou com três séries favoritas, que por sinal, são muito diferentes, inclusive que se passam em épocas totalmente opostas.

Mad Men

Minha relação com Mad Men é estranha. É a minha série favorita, mas a que estou mais atrasada. Para mim é a série mais bem feita e a mais inteligente. Ela mostra o cotidiano da agência de publicidade Sterling Cooper, localizada na Madison Avenue, em Nova York, nos anos 60. Toda a história gira em torno do diretor de criação, Don Draper (John Hamm), que esconde um passado misterioso. Ele leva uma vida aparentemente perfeita, tem um bom emprego, é casado e tem dois filhos, mas raramente está feliz. Além de Don, há várias outras personagens interessantes no enredo, como Peggy Olsen (Elizabeth Moss), que mostra o papel da mulher nos anos 60 e de como consegue conquistar seu espaço em um ambiente machista. 
      Através de seus personagens, Mad Men explora temas como tabagismo, alcoolismo, adultério, racismo, feminismo e homossexualismo nos anos 60 e o telespectador acompanha a história dos EUA e do mundo, como quando o primeiro homem pisou na lua.

     Além dos atores, que estão muito bem, a direção de arte e o figurino são perfeitos. Por isso conquistou diversos prêmios, como quinze Emmys e quatro Globos de Ouro. A primeira parte da sétima e última temporada já foi lançada neste ano. Os sete últimos episódios irão ao ar em 2015.

Game of Thrones

Essa assisti em duas semanas as quatro temporadas inteiras. Meu irmão assistia, minha mãe começou a ver e acabei pegando o vício. Ela é baseada na série literária "As Crônicas de Gelo e Fogo", de George R.R. Martin. A história gira em torno de uma batalha entre os Sete Reinos, onde famílias nobres lutam pelo controle do Trono de Ferro. Existem vários núcleos que se baseiam nas famílias Stark, Lannister, Targaryen, entre outros. Assistir essa série me faz passar por todas as emoções possíveis em um só capítulo: eu rio, choro, tenho medo, fico brava... Tudo.
    São dez capítulos por temporada e cada capítulo dura uma hora. No começo demorei um pouco para entender e decorar todos os personagens, porque são muitos e se você se distrai um pouquinho já perde uma cena importante. A produção e o roteiro são excelentes. A cada episódio segredos são desvendados, pessoas morrem e coisas surpreendentes acontecem. Esse é o tipo de série que te prende muito, pois qualquer coisa pode acontecer inesperadamente. E é aquela para você ver todos os episódios, sem falta. Se você perdeu um, não adianta, dá um jeito e assiste porque se não você não vai entender nada.
     Agora meu personagem favorito é o Tyron Lannister (Peter Dinklage) (cada temporada gosto mais de um). Ele é anão e tem uma irmã e um irmão mais velhos. A mãe dele morreu no parto e o pai é um monstro. Sempre o maltrata e faz atrocidades com ele, que só assistindo mesmo para entender.

Por enquanto só me basta esperar a quinta temporada que estreia em 2015.

Revenge

Pelo nome da série já dá para ter uma ideia sobre o que é a história: a vingança de Amanda Clarke (Emily VanCamp). A série mostra a vida de Emily Thorne, que na verdade chama-se Amanda Clarke, e voltou aos Hamptons para vingar a morte de seu pai, David Clarke (James Tupper). O objetivo de Emily é destruir todos os membros da família Grayson, além de mais alguns, que armaram para acabar com a vida de seu pai. Ele foi julgado, condenado por terrorismo e na cadeia, morreu (será?). Amanda passou por orfanatos e um reformatório. Quando é liberada descobre todos os detalhes de como os Greyson destruíram sua vida. Com a ajuda de um amigo, Amanda vira Emily e faz de tudo para conseguir sua vingança.
      Essa não é a melhor série de todas. Teve muitos pontos baixos (principalmente na segunda temporada), mas é bem legal e divertida. Além de ter o Josh Bowman interpretando o Daniel, meu deus, que cara gato. 
     A série tem uma trama muito intrigante e que te prende. Na terceira temporada aconteceram muitas revelações e conflitos e já não aguentava mais para que estreasse a quarta temporada. Agora estou no terceiro episódio e o vício está cada vez maior. 

domingo, 11 de agosto de 2013

Top 5: Filmes para o Dia dos Pais

Chegou o Dia dos Pais e decidi fazer um post sobre filmes que mostram histórias de pais incríveis. Há milhares de personagens que mostram o que é ser um exemplo de pai, um pai carinhoso, um pai brincalhão, um bravo ou exigente... Todos com as diversas qualidades e defeitos que um pai pode ter.

À Procura da Felicidade (2006)

Esse é um dos meus filmes favoritos. Will Smith atua com seu filho Jaden Smith em uma história que motiva qualquer um a ser uma pessoa melhor e sim, um melhor pai. Chris Gardner está com graves problemas financeiros, mas não desiste e faz de tudo para dar uma boa vida ao seu filho. Ele passa por situações muito difíceis, mas mostra ao filho que é possível conseguir o quer com muito trabalho e confiança.
Abaixo segue uma das cenas mais bonitas do filme.


Procurando Nemo (2003)

É uma linda animação da Pixar que conta a história do peixe-palhaço Marlin e seu filho Nemo. Em uma discussão com o pai super-protetor, Nemo acaba sendo capturado por um mergulhador. É assim que Marlin sai em uma grande aventura em busca do filho. O filme conquistou o Oscar de Melhor Animação.

A Vida é Bela (1998)

Famoso filme italiano que ganhou três Oscar. Conta a história do judeu Guido e seu filho Giosué, que durante a Segunda Guerra Mundial, são levados para um campo de concentração. Para que o filho não perceba pelo o que estão passando e não tenha medo, Guido, um pai amoroso, usa a imaginação e faz com que Giosué ache que estão participando de um jogo. É uma triste e linda história. Faz qualquer um chorar.




Star Wars - O Retorno do Jedi (1983)

Na verdade para entender toda a relação de Anakin Sywalker e Luke Skywalker, é preciso assistir todos os filmes da saga, mas esse retrata a parte mais emocionante da relação de pai e filho. No filme anterior Luke descobre que seu arquinimigo, Darth Vader, é seu pai. Agora ele tenta salvar seu pai do lado negro da Força, e no fim, Vader salva Luke do imperador e se reconcilia com o filho.




O Paizão (1999)

É um filme engraçado e divertido. Adam Sandler interpreta Sonny Koufax, um homem de 32 anos, solteiro e irresponsável, que decide adotar um menino chamado Julian McGrath, para demonstrar para as mulheres que é maduro. Mas, ele percebe que não é tão simples assim criar e cuidar de uma criança E ao mesmo tempo, se apega ao garoto e cria uma relação de pai e filho. É um típico filme "sessão da tarde" mas vale a pena ver.




sábado, 5 de janeiro de 2013

Filmes para viajar

Aproveitando essas lindas férias, hoje vou juntar duas das coisas que mais gosto na vida: viagens e cinema. Para você que está pensando em viajar e não sabe para onde, vou falar sobre filmes que nos inspiram a viajar e mostram lugares maravilhosos desse nosso enorme planeta. Há vários filmes que nos deixam com vontade de arrumar a mala assim que sobem os créditos, outros só ao desenrolar da história. Seguem algumas dicas.

Protagonizado pela linda atriz Julia Roberts, o filme é baseado em um livro best-seller, que conta a história da autora, Elizabeth Gilbert. Uma mulher de 34 anos que está infeliz com sua vida. Casou, namorou, mas quer mudar e conhecer coisas, pessoas e lugares novos. Assim, decide passar um ano viajando e seus destinos são Italia, Índia e Bali. O mais interessante é que Elizabeth conhece esses lugares como moradora e não só como turista. Eu, pessoalmente, gosto mais da parte da Italia. Ela desfruta do prazer. Faz a arte de não fazer nada, o famoso dolce far niente. Aprende italiano e come muito. Quem não gosta? Mas, Índia e Bali também parecem ser lugares incríveis (nunca fui, mas ainda vou conhecer).



Italia - Comer


India - Rezar

Bali - Amar



Diários de Motocicleta (2005) 
Esse filme mostra uma viagem que o famoso Che Guevara fez em 1952, antes de virar guerrilheiro. É estrelado pelo fofo do Gael Garcia Bernal. Ele e seu amigo, Alberto Granado, partem de Buenos Aires para Caracas, na Venezuela, em uma motocicleta, a “Poderosa”. Eles viajam por toda a América Latina, conhecendo o que tem de mais belo e também de mais frágil no povo latino-americano. São imagens maravilhosas e diálogos com pessoas que mostram as diferenças sociais e culturais do mundo. Che e Granado passam por Buenos Aires, Miramar, Pedra del Aguila, San Martim de Los Angeles, Lago Frias (Argentina), Temuco, Los Ángeles, Valparaíso, Deserto do Atacama (Chile), Cuzco, Lima, Pucallpa, San Pablo (Peru), sudeste e nordeste de Colômbia e Caracas (Venezuela).




Vicky, Cristina e Barcelona (2008)
O próprio nome do filme já diz, o longa mostra a linda cidade de Barcelona, na Espanha. Duas amigas norte-americanas muito diferentes, uma conservadora (Rebeca Hall) e a outra mais extrovertida e sociável (Scarlett Johansson), viajam para Barcelona de férias por três meses. Ao conhecer o sedutor Juan Antonio (Javier Bardem), também tem a oportunidade de conhecer Oviedo. É uma história divertida, meio maluca às vezes com a participação da linda Penelope Cruz. Mas o mais lindo mesmo são as imagens de Barcelona, podendo ver a Sagrada Familia, La Pedrera, Parque Guell, Parque de Tibidabo e diversos outros lugares maravilhosos da cidade catalã. Woody Allen (obviamente o diretor de um filme como esse) também não economiza nas panorâmicas.





Novamente Woody Allen mostra a beleza de uma cidade. O filme começa mostrando seu principal personagem, Paris. Começa com um passeio pelos cartões-postais da cidade: Rio Sena, Champs-Elysées, Arco do Triunfo, Moulin Rouge, Notre Dame, Torre Eiffel, cafés e bistrôs. É a história de um escritor americano (Owen Wilson) que sonha em conhecer a Paris nos anos 20. Ele ama a cidade e a acha inspiradora. Enquanto a drama se desenrola, o telespectador conhece vários pontos turísticos, além da Paris dos anos 20 e os artistas como Hemingway, Scott e Zelda Fitzgerald, Picasso, que a frequentavam.



Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=Amf8r9V7ovs


Sob o sol da Toscana (2004)
Diane Laine representa Frances Mayes que é uma escritora que está triste porque acabou de se divorciar e está desiludida no amor. Ela vai em uma excursão para Toscana. No meio do passeio, passa com o ônibus por uma vila e decide mudar radicalmente sua vida e vai morar nessa linda cidade. Frances reforma sua casa nova e reforma sua vida. Além de paisagens incríveis e os campos verdes de Cortona, na Toscana, o filme também mostra belas imagens de Roma e Positano, na região de Campania.




Trailer: http://mais.uol.com.br/view/a56q6zv70hwb/sob-o-sol-da-toscana-under-the-tuscan-sun-040266D0A183A6?types=A

Rio (2011)
Rio é uma animação produzida pela 20th Century Fox e pela Blue Sky Studios, que conta a história de Blu, uma arara azul macho que é levada ao Rio de Janeiro para se acasalar com uma fêmea. Junto com os pássaros, personagens do filme, se pode ver diversas paisagens cariocas acompanhadas do ritmo da música brasileira. Sim, é tudo desenho, mas os lugares são recriados com beleza e detalhes. A cidade é personagem do filme e aparece descrita em detalhes bem familiares a quem a conhece bem, como o futebol, a orla de Copacabana, o Carnaval e também as favelas. O diretor, Carlos Saldanha, consegue representar algo muito próximo a realidade carioca.





Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=LQkwNUiFqLs



P.S. Eu te amo (2007)
O filme passa grande parte em uma cidade perto de Dublin, Irlanda, em Wicklow, região com lindas colinas, montanhas, praias, rios e lagos. É a história de ruperação da americana Holly Kennedy (uma das minhas atrizes favoritas, Hilary Swank), após a morte de seu marido Gerry (Gerard Butler), um divertido irlandês. Antes de falecer, Gerry deixou para Holly várias cartas que surgem de forma surpreendente, sempre assinadas da mesma forma: "P.S. Eu te amo". As cartas a levam para Irlanda com suas duas melhores amigas. Esse filme mostra muito a cultura Irish e paisagens maravilhosas, entre elas Wicklow e Galway, além de ser um filme lindo, impossível não se emocionar.



Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=qzlcJDZ3uP8



Na Natureza Selvagem (2007)
A história de um jovem, Christopher McCandless, que decide viajar sem rumo pelos Estados Unidos em busca da liberdade, passando por Dakota do Sul, Arizona, Califórnia e Alasca. Sean Penn é o diretor e roteirista desse filme que é baseado em um livro e inspirado em uma história real. Ao longo do filme, McCandless conhece muitos lugares maravilhosos dos Estados Unidos, com paisagens da natureza fascinantes como Rio Colorado e Grand Caynon. Através da loucura e coragem do personagem de viver como andarilho pelo país, é possível ver tudo que os EUA ainda tem de belo e natural, sem tecnologia e que ainda não foi alterado. O diretor de fotografia, Eric Gautier, é o mesmo de “Diários de Motocicleta”.


Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=0YBDpPIhEYo



Mamma Mia! (2008)
Filme musical que conta a história de uma jovem que vai se casar e chama seus três possíveis pais para o casamento, sem sua mãe saber. O casamento é realizado onde elas moram, na ilha grega “Kalokairi”, que na verdade é a ilha Skopelos. É uma linda ilha que era pouco conhecida antes do filme ser lançado. Localiza-se ao norte  do mar Egeu e a leste da cidade de Volos. O filme exibe imagens maravilhosas da ilha, somente o mar já bastava, sua água é considerada a mais clara e azul do mundo. Além do mar, a vegetação e a arquitetura de influência macedônica são muito bonitas. A igreja que a protagonista se casa é a Aghios Ioannis Kastri e hoje em dia muitos casais vão até a ilha somente para se casar nessa igreja.



Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=iaJHpv-KlBQ



Esqueceram de mim 2 – Perdido em Nova York (1992) 
Apesar de antigo e de temática infantil, retrata muito bem a época do Natal em Nova York. O pequeno Kevin McCalister (Macaulay Culkin) se perde da família no aeroporto e acaba em um avião para Nova York. Novamente faz com que seus dois inimigos não roubem um lugar, enquanto sua mãe o procura. Diversos pontos turísticos aparecem no filme como quando Macaulay Culkin alimenta os pombos no Central Park e quando ele encontra sua mãe na frente do Rockefeller Center. É um filme divertido e mostra o inverno de Nova York pelos olhos de uma criança.



Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=z_An3W-oO2k

domingo, 11 de novembro de 2012

Argo

Sempre me surpreendo com o Ben Affleck. Apesar de não gostar muito da forma que atua, já na direção acho ele bom. E foi em "Argo" que ele me convenceu disso.
Assisti anteontem, com dois amigos, o filme "Argo", dirigido e estrelado por Ben Affleck, que me deixou tensa em muitas cenas. É uma história impressionante e baseada em fatos reais sobre a relação do Irã e os EUA. Em 1979, ocorreu a revolução islâmica, que tirou o xá Reza Pahlevi e colocou o aiatolá Ruhollah Khomeini no poder. Revoltados com o governo americano que deu asilo político ao xá, em novembro de 1979, os revolucionários invadiram a embaixada norte-americana do Irã, em Teerã. Durante a invasão, seis diplomatas americanos conseguiram fugir e se refugiaram na casa do embaixador do Canadá. Os outros 52 americanos foram sequestrados pelos seguidores de Khomeini e ficaram presos por 444 dias. "Argo" conta o que aconteceu com os seis que conseguiram escapar e como a CIA tentou resgatá-los.
O oficial da CIA, Tony Mendez (Ben Affleck) contratou os serviços do maquiador John Chambers (John Goodman) e do produtor Lester Siegel (Alan Arkin) para criarem um falso filme, "Argo", cuja história de ficção científica poderia ter como set de filmagens o Irã. Mendez se sente sozinho, deu um tempo com a mulher e vê muito pouco o filho. É dele a ideia de fingir filmar um filme para salvar os diplomatas. Mas, isso deve acontecer rápido, pois a qualquer momento os iranianos poderiam perceber que faltavam seis e iriam atrás deles.
Os altos oficiais do governo aprovam o plano e Mendez patrocina o anúncio do filme, a contratação de atores, publicidade e até coletiva de imprensa. Tudo para provar ao Ministério da Cultura do Irã que precisavam entrar no país para supostamente usar o país como uma das locações da produção com roteiro de naves espaciais e alienígenas.



Apesar do alívio cômico proporcionado por Arkin e Goodman, Affleck constrói uma narrativa dramática e tensa. Durante todo o filme, o telespectador fica nervoso pelo medo de o disfarce ser descoberto. O filme consegue interagir com o espectador e faz ele entrar na história. A realidade dos iranianos é retratada de forma clara e creio que até exagerada, mas é muito interessante ver o choque de culturas.

Em uma entrevista que vi na TNT, Affleck diz como todos os atores que ele escolheu são muito parecidos com os personagens reais. "Eu sou o único que não pareço, mas não ia me demitir né?" disse Affleck. E realmente, após o fim do longa, junto com os créditos aparecem fotos de todos, e são praticamente iguais, é impressionante. Isso faz com que o filme pareça ainda mais real e sentimos melhor como foi toda essa história emocionante.

Tudo que aconteceu e é narrado no filme não foi divulgado para o mundo na época. Era um segredo político americano. Foi só no governo de Bill Clinton, em meados dos anos 2000, que foi revelado ao público e todos puderam conhecer a história de Tony Mendez, que ganhou medalha de herói na época.

Sinto que Affleck conseguiu chegar a maturidade como diretor. Esse filme tem grande chance de concorrer a 85ª edição do Oscar. Já recebeu elogios e teve uma boa recepção em festivais de cinema. Mesmo quem tem um certo preconceito com esse diretor, ignore e assista! Eu me surpreendi.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Golden Globe Awards 2012

Ontem, dia 15 de janeiro, começou a grande temporada de premiações de Cinema e TV. Em sua 69ª edição, o Globo de Ouro, promovido pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood, aconteceu ontem, em Los Angeles, e teve como mestre de cerimonia o comediante Ricky Gervais, pela terceira vez consecutiva.
Este ano não houve um grande preferido que nos ajude a revelar o possível ganhador do Oscar, porém, os filmes que mais chamaram atenção foram "The Artist" e "Os Descendentes", que receberam três e dois prêmios, respectivamente. O longa-metragem mudo francês "The Artist", de Michel Hazanavicius ganhou Melhor filme - Comédia ou Musical, Melhor Ator (Jean Dujardin) e Melhor trilha sonora. Com clima descontraído, ao receberem o prêmio de Melhor Filme, o cachorro Uggie, que integra o elenco do filme, também subiu ao palco. E "Os Descendentes", de Alexander Payne, ganhou como Melhor Filme - Drama e Melhor Ator, George Clooney. Os dois filmes triunfaram nas mesmas categorias principais, melhor filme e melhor ator.


Brad Pitt apresentou o filme "Tudo pelo poder", dirigido pelo seu amigo George Clooney. E   Clooney, quando entrou no palco para apresentar o filme que estrela Brad Pitt, "O Homem que mudou o jogo", apareceu mancando e com uma bengala, brincando com o amigo que está com problemas no joelho e anda acompanhado de uma bengala. 
Como todos já imaginavam, Meryl Streep recebeu o prêmio de Melhor Atriz - Drama, por sua atuação em "A Dama de Ferro", como Margaret Tatcher. Apesar de ser seu oitavo Globo de Ouro, Streep se mostrou emocionada e surpresa.
Grandes diretores de cinema receberam prêmios esta noite, Martin Scorsese ganhou como melhor diretor pelo seu primeiro trabalho infantil e em 3D, "A Invenção de Hugo Cabret". Este foi seu terceiro globo de ouro. E Woody Allen como melhor roteiro para "Meia-Noite em Paris", que como sempre não apareceu à festa.
Entre as séries de televisão, houve muita diversidade entre os ganhadores. Única série que recebeu mais de um prêmio foi "Homeland", que ganhou como Melhor Série - Drama e Melhor Atriz - Drama, com Claire Danes. "Modern Family" ganhou o prêmio de Melhor Série - Comédia e o elenco chamou atenção ao receber o prêmio no palco com a charmosa e engraçada Sofia Vergara agradecendo em espanhol.
Matt LeBlanc (ex-Friends) surpreendeu à muitos ao aparecer grisalho (pelo menos aos brasileiros) para receber o prêmio de Melhor Ator - Comédia, por interpretar ele mesmo na série "Episodes". Kate Winslet, mais conhecida por atuar em filmes, como "Titanic" e "O Leitor", recebeu o prêmio por sua atuação na série "Mildred Pierce".
O escolhido para receber o prêmio Cecil B. DeMille este ano foi o incrível Morgan Freeman. Ao agradecer disse "Nos filmes fui Nelson Mandala, primeiro presidente negro dos Estados Unidos e até Deus. Trabalhei com gente que admiro e que me ensinaram muito. Dizem que se você se dedica a algo que ama isso nunca chegará a ser trabalhar. Pois nesse caso não trabalhei nos últimos 45 anos da minha vida. A minha paixão sempre foi a representação". Foi uma linda homenagem e merecida.



Apesar das críticas por sua performance no ano passado, Ricky Gervais foi convidado novamente a apresentar a cerimônia. Porém, este ano ele não foi tão polêmico, se conteve mais e apareceu muito pouco ao longo da premiação. Houveram sim piadinhas, como perguntar ao Johnny Depp se ele havia visto "O Turista" (o pior filme de sua carreira). Quando chamou Madonna ao palco, disse que ela era "like a vir...", mas a cantora foi rápida e respondeu para ele ir ao palco fazer algo, pois "faz tempo que não beijo uma menina na TV". Piadas sobre Kim Kardashian também houveram várias, como dizer que 'O Globo de Ouro é para o Oscar a mesma coisa que Kim Kardashian é para Kate Middleton. Mais barulhento, mais bagunçado, mais bêbado e mais fácil de comprar. Supostamente. Nada foi provado'.
Gervais foi criticado por não ser ele mesmo e se segurar demais, mas é difícil, como contentar a todos?

CINEMA
Melhor filme - drama
Os Descendentes

Melhor filme musical ou comédia
O Artista













Melhor ator - drama
George Clooney por Os Descendentes
















Melhor atriz - drama
Meryl Streep por A Dama de Ferro













Melhor ator - musical e comédia
Jean Dujardin por O Artista

Melhor atriz - musical e comédia
Michelle Williams por My Week with Marilyn




















Melhor ator coadjuvante
Christopher Plummer por Toda Forma de Amor














Melhor atriz coadjuvante
Octavia Spencer por Histórias Cruzadas















Melhor diretor
Martin Scorsese por A Invenção de Hugo Cabret















Melhor roteiro
Meia-Noite em Paris - Woody Allen



























Melhor canção original

W.E. - Madonna, Julie Frost, Jimmy Harry ("Masterpiece")


Melhor trilha sonoraO Artista - Ludovic Bource

























 Melhor animação
As Aventuras de Tintim

Melhor filme em língua estrangeira
A Separação
TELEVISÃODramaHomeland


Comédia
Modern Family














Melhor ator (drama)

Kelsey Grammer - Boss





















Melhor atriz (drama)Claire Danes - Homeland
Melhor atriz (comédia)
Laura Dern - Enlightened





















Melhor ator (comédia)Matt LeBlanc - Episodes







































Melhor ator coadjuvante
Peter Dinklage - Game of Thrones














Melhor atriz coadjuvante
Jessica Lange - American Horror Story














Melhor atriz em uma minissérie ou filme feito para a TV
Kate Winslet - Mildred Pierce

Melhor ator em uma minissérie ou filme feito para a TV
Idris Elba - Luther




















Melhor minissérie ou telefilme
Downton Abbey