segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Me sinto na obrigação de falar de "Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro" depois de ter assistido o filme duas vezes. Fico até tensa de escrever sobre ele.
Continuação do filme "Tropa de Elite 1", supera as espectividades de muitas pessoas, como as minhas. Direção ótima, roteiro incrível e ator principal extremamente talentoso. 
O Coronel Nascimento (Wagner Moura), dez anos mais velho, é afastado do BOPE após uma mal sucedida operação. Acaba indo trabalhar como Sub Secretário de Segurança Pública do Estado. Com tamanho poder faz o BOPE crescer e tenta acabar com o tráfico de drogas, porém, não percebe que ao fazer isso está ajudando outros inimigos, mais perigosos e poderosos: os policiais e políticos corruptos.
Lançado após o primeiro turno das eleições, o filme parece "jogar na cara" de toda população brasileira a realidade do nosso país. Com paisagens lindas porém com pessoas desprezíveis. Policiais e políticos que deveriam trabalhar para nos defender e melhorar o país, mas que fazem de tudo para ganhar dinheiro. Saio do filme (as duas vezes) chocada, pensando que não há solução. Tenho raiva de toda essa situação no Brasil, porém, não faço nada para mudar. É um filme que nos faz pensar muito e nos dá vontade de tentar mudar as coisas, agora só nos falta realmente fazer algo para que isso mude.

O elenco é íncrível. Wagner Moura atua muito bem, é o narrador do filme e somente com sua voz já nos deixa tensos. Nesse filme, Nascimento é mais analisado, vemos como ele está cansado e como é difícil a vida que leva entre sua família e sua profissão. É um grande personagem interpretado por um grande ator. O militante e deputado Fraga é interpretado pelo pernambucano Irandhir Santos, o ator faz muito bem seu papel, com muita força e paixão pelo que faz. André Mattos interpreta uma das personagens mais irritantes do longa, uma espécie de cópia do apresentador Datena, o cômico Fortunato. Além de tais atores, o elenco possui outros diversos talentos, como Seu Jorge, Tainá Muller, André Ramiro, Milhem Cortaz...

O roteiro de Braulio Montavani está mais complexo e polêmico e tem mais frases que estão conquistando o público, como "Quer me foder? Me beija". José Padilha é novamente o diretor, continua ousado e não simplifica as coisas. Com um orçamento milionário conta com incríveis panorâmicas e uma melhor edição de aúdio.

É um filme que na minha opinião deveria concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, porém isso não vai acontecer pois o filme "Lula, o Filho do Brasil" foi o escolhido.

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