segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Rainha (The Queen)

Semana passada assisti o filme "A Rainha" (The Queen), lançado em 2006. Nunca tinha conseguido assistir inteiro, mas justo quando liguei a TV, estava começando.
É a história da reação da Rainha Elizabeth II (Helen Mirren) após a morte da Princesa Diana em 1997. Depois de casar-se com o Principe Charles, Diana se tornou uma das mulheres mais famosas do mundo, um ícone da moda, um ideal de beleza e principalmente admirada por seu trabalho de caridade. Ao morrer em um acidente de carro, houve um enorme luto público no Reino Unido e o povo exigia uma reação emocional da Rainha. Porém, a Rainha Elizabeth II não conseguia entender tal reação do povo, permaneceu isolada com a família real no Castelo de Balmoral, na Escócia e se recusou a retornar para o palácio de Buckingham, na Inglaterra. O povo, com a influência da imprensa, ficou chocado com a indiferença demonstrada pela rainha. Tony Blair ( Michael Sheen), o então primeiro-ministro, percebe que precisa tomar medidas que reaproximem a família real ao povo. Ele tenta mudar a visão da rainha, que não aceita as modernas opiniões de Blair.
No filme o primeiro-ministro Tony Blair é exibido como um jovem que acima de tudo quer ajudar a rainha. Até quando seus conselheiros a julgam, Blair a defende. Na minha opinião não acho que Blair tenha sido tão bonzinho e pensado tanto no bem da realeza. Porém é o que mostra o filme.

Há imagens reais da época misturando-se a cenas de ficção que são exibidas no filme, o que nos faz sentir mais perto da história e deixa o filme mais realista. O diretor Stephen Frears dirige o longa com bastante sensibilidade, através de cenas chocantes e diálogos incríveis. Os diálogos entre a rainha e o primeiro-ministro são alguns dos melhores momentos do filme, pois mostram as diferenças entre os dois mundos, um com costumes e tradições e o outro mais atual, com ideias modernas. Helen Mirren é uma incrível atriz e interpreta a Rainha Elizabeth II de forma esplêndida. Ela consegue pegar sua essência. É possível ver a verdadeira rainha e entender sua situação perante todo o acontecimento.

Gostei muito do filme. Ele consegue mostrar como foi difícil para a rainha lidar com toda a situação na época. Acho que ele acaba elogiando demais a rainha e o primeiro-ministro, deixando-os como pessoas boas e exemplares, não sei se isso é real, mas o filme tenta mostrar isso e consegue muito bem.

Teve seis indicações ao Oscar 2007, de melhor roteiro original (Peter Morgan), melhor trilha sonora (Alexandre Desplat), melhor figurino (Consolata Boyle), melhor diretor (Stephen Frears), melhor filme e melhor atriz, com Helen Mirren que ganhou o prêmio.

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